Italian verbs ending in -ere can be accented on the penultima or the antepenultima (more common). I wonder if there's any logic in that. When I compare it to Latin, I can't see any cogence between the original form and the spinoffs. Latin legere was stressed on le, and has kept that stress in Italian leggere. Latin debere was stressed on be and has kept that stress in Italian dovere, but descendere, stress on scen, comes from Latin descendere, stress on the the second de; Italian ridere, stress on ri, comes from Latin ridere, stress on de; and Italian muovere, stress on muo, comes from Italian movere, stress on ve.
Stress in Latin is more predictable than in Italian. If you know the first person singular of the present indicative of a given verb, you know how to properly accentuate a verb. The ending -eo for that person comes up in verbs with the stress on the penultima (deleo, from delere, to destroy). The ending -o occurs with verbs with the stress on the antepenultima (lego, from legere, to read). The same unfortunately can't be said about Italian, which, nevertheless, has the stress on the antepenultimate syllable in most infinitives, irrespective of etymology.
Word of the Day
beatitude | |
Definition: | Supreme blessedness or happiness. |
Synonyms: | blessedness, beatification |
Free content
provided by The Free Dictionary
Sunday, April 29, 2007
Triglicérides
Noto há algum tempo que 99% das pessoas ao meu redor dizem triglicérides. Essa palavra não se encontra dicionarizada, pelo menos não no meu Aurélio, que, confesso, tenho de atualizar. Aparece só triglicerídeo, que sempre ouço à minha tia, e triglicídeo, a minha preferência. O Google dá 129 000 páginas em português com triglicérides, que eu acredito deve ter-se formado por influência do inglês triglycerides, 127 000 para triglicerídeos, e apenas 55 para a minha favorita, triglicídeos. Entre a "incorreta" triglicérides e a correta triglicerídeos, fico com a primeira. Seria interessante perguntar aos médicos com quem tenho contato qual é a forma que preferem para ver se há algum consenso na comunidade médica.
Wednesday, April 25, 2007
Padronizar
Mais uma vez no livro E ele escolheu os cravos, lê-se Nosso Senhor não nos padroniza ou zomba de nós. Mais uma vez foi dada a uma palavra portuguesa uma acepção que não lhe corresponde. O original dessa frase deve ser Our Lord does not patronize or derides us. Pela semelhança entre patronize e padronizar, o tradutor inadvertidamente lançou mão de um falso cognato, cujo significado real em português é de tornar algo padrão, estandardizar. Poderia ter escrito algo como Nosso Senhor não nos trata com condescendência nem nos ridiculiza. Como se vê, optei por ridiculizar, pois zombar de alguém não me parece apropriado para um livro como este pelo seu caráter altamente coloquial.
Passive voice in Portuguese
It is known that Portuguese does not allow the passive voice of verbs followed by prepositions, unlike English. Here is a sentence I found in the same book from which I extracted the piece about praguejar/plague: Desde o gole naquela taça de vinho, Jesus havia sido cuspido, cortado, humilhado e açoutado (my translation: since the sip from that wine glass, Jesus had been spat at, cut, humiliated and flogged). The Portuguese doesn't sound very idiomatic to me and looks like a direct and careless translation from the English sentence, which has spat at, a verb followed by a preposition. As you must cuspir em alguém (spit at someone) with a preposition after the verb, here is a way to save that sentence: Desde o gole naquela taça de vinho, cuspiram em Jesus e logo depois o cortaram, humilharam e açoutaram, in the active form.
O abacaxi da vida
Um aluno recentemente me disse a seguinte frase de sua autoria: Se a vida lhe der um abacaxi, arranque-lhe a coroa e torne-se um rei. A frase pareceu-me interessantíssima pelos seguintes motivos: o abacaxi é uma metáfora, uma comparação com as agruras da vida, semelhantes a esse fruto por serem de difícil acesso dada a "casca" que as recobre. Aí também há uma personificação ou prosopopéia representada por vida, que é antropomorfizada e é capaz de dar algo a alguém, como se tivesse intenções e mãos. Encontra-se também a catacrese, figura de linguagem que nomeia um objeto baseado na semelhança que guarda com outro. É o caso da coroa, originalmente ornamento que se põe na cabeça de monarcas, mas por semelhança com a parte superior do acabaxi, empresta-lhe o nome.
Pencil, tombstone
It occurred to me today that the same Latin word lapis (stone) became lápis (Portuguese), lapis (Italian) and lápiz (Spanish) meaning pencil, and lápide (Portuguese), lapide (Italian) and lápida (Spanish) meaning tombstone. I understand how Portuguese and Italian got lápide/lapide from Latin lapis. Lápide coincides with the Latin ablative of lapis: lapide, but why Spanish has lápida puzzles me.
Thursday, April 19, 2007
Alopecia
Parece haver certa oscilação na pronúncia de alopecia. Já ouvi alopecia (acento no ci) e alopécia. O dicionário Aurélio registra apenas alopecia, com acento no ci. Isto deve-se à velha dicotomia entre a acentuação latina e a grega, o que explica também por que línguas tão semelhantes, como o espanhol e o português, compartilham palavras de idêntica escrita mas de pronúncia diferente (cf. terapia em português com acento no pi e terapia em espanhol com acento no ra). Alopecia chegou-nos do latim alopecia, que, por ter a vogal i curta, fazia retroceder o acento à sílaba pe. Alopecia em latim veio do grgo ἀλωπεκία, que tem acento na sílaba ki. Acontece que na maioria das vezes quando uma palavra nos chega do grego por intermédio do latim, nós, como bons filhos de Rômulo e Remo, pronunciamo-la à latina, o que constituiria uma silaba na prosódia original grega.
Semelhante oscilação, embora lexicografada, acontece com o italiano alopecia, que pode ser lido alopecía, alopêcia ou alopécia (estes acentos segundo o sistema português servem apenas para ilustrar a pronunciação e não são gráficos), segundo o dicionário Garzanti. Já o espanhol parece ter-se contentado com um alopecia com o acento na sílaba pe.
Pois bem, aqui resta a pergunta que não quer calar: deveríamos dizer as palavras obedecendo à pronúncia original ou seguir da melhor maneira possível, desde que não entre em conflito com as leis fonéticas da língua portuguesa, a pronúncia do idioma que nos deu diretamente a palavra? Daí reside a diferença entre os brasileiros, que dissemos a mídia (semelhante à pronúncia em inglês do media latino, plural de medium), e os portugueses, que pronunciam e escrevem média: os média, em que há uma aparente incongruência na regência nominal pelo fato de o artigo os, plural, ser seguido por uma palavra que nos parece feminina.
Semelhante oscilação, embora lexicografada, acontece com o italiano alopecia, que pode ser lido alopecía, alopêcia ou alopécia (estes acentos segundo o sistema português servem apenas para ilustrar a pronunciação e não são gráficos), segundo o dicionário Garzanti. Já o espanhol parece ter-se contentado com um alopecia com o acento na sílaba pe.
Pois bem, aqui resta a pergunta que não quer calar: deveríamos dizer as palavras obedecendo à pronúncia original ou seguir da melhor maneira possível, desde que não entre em conflito com as leis fonéticas da língua portuguesa, a pronúncia do idioma que nos deu diretamente a palavra? Daí reside a diferença entre os brasileiros, que dissemos a mídia (semelhante à pronúncia em inglês do media latino, plural de medium), e os portugueses, que pronunciam e escrevem média: os média, em que há uma aparente incongruência na regência nominal pelo fato de o artigo os, plural, ser seguido por uma palavra que nos parece feminina.
Wednesday, April 18, 2007
praguejar
Someone once said Traduttore, traditore (translator, traitor) and that is the case when deliberate changes are done to the translation, but that is not so in the fragment I read in E ele escolheu os cravos, a translation from And he chose the nails. Here's what it says:
Destas mãos vieram os gafanhotos que praguejaram o Egito e o corvo que alimentou Elias. (My translation back into English: From these hands came the locusts that plagued Egypt and the raven that fed Elijah.)
But the problem is the word praguejar. I know that's the intended meaning is to plague because I know English, but Portuguese praguejar means, above all, to swear, as when you are mad. A similarity in form misled the translator, or, in other words, that's a false friend between Portuguese and English. If he had been more attentive, he would have chosen something like Destas mãos vieram os gafanhotos que assolaram/devastaram/atacaram o Egito e o corvo que alimentou Elias.
Destas mãos vieram os gafanhotos que praguejaram o Egito e o corvo que alimentou Elias. (My translation back into English: From these hands came the locusts that plagued Egypt and the raven that fed Elijah.)
But the problem is the word praguejar. I know that's the intended meaning is to plague because I know English, but Portuguese praguejar means, above all, to swear, as when you are mad. A similarity in form misled the translator, or, in other words, that's a false friend between Portuguese and English. If he had been more attentive, he would have chosen something like Destas mãos vieram os gafanhotos que assolaram/devastaram/atacaram o Egito e o corvo que alimentou Elias.
Monday, April 16, 2007
Margaritas ad porcos
Today I mentioned to someone the Latin expression margaritas ad porcos (pearls to the swine) and wondered if it was possible to use the word margarita as pearls in Romance languages. Even though I'd never heard margarita (Portuguese/Spanish/Italian) with that acceptation, only meaning daisy, the flower (margarida in Portuguese, margarita in Spanish and margherita in Italian), so I looked it up and learned it IS possible. I'm looking forward to using that word in casual conversation and baffling my interlocutor.
Unfortunately that word apparently doesn't have the pearl use in Romanian, French and Catalan. At least I didn't find it.
Unfortunately that word apparently doesn't have the pearl use in Romanian, French and Catalan. At least I didn't find it.
Obrigadinho
For the first time in my entire life today I heard a Brazilian use that word, the diminutive form of obrigado, thanks. The Portuguese are proverbially known for using it, but I'd never heard it from the mouth of a Brazilian before. It certainly put a smile on my face.
Zeugma
Yesterday while reading a magazine on Portuguese, I came across zeugma being used as a feminine noun, which struck me as odd, since I'd always heard and used it myself as a masculine noun (o zeugma and not a zeugma). I went to the dictionary to check which one was right, me or the magazine, and to my great surprise I found out zeugma can be masculine and feminine, an unusual phenomenon for inanimate words in Portuguese. Anyway, I still prefer o zeugma since it comes from a Greek neuter word and has the company of other -ma words that are masculine: o teorema, o problema, o morfema, o fonema, all of Greek descent.
I remember a word that has two genders in Portuguese, but that's due to national preferences: o sanduíche (Brazil), a sanduíche (Portugal).
I remember a word that has two genders in Portuguese, but that's due to national preferences: o sanduíche (Brazil), a sanduíche (Portugal).
Suabarácti and anaptixe
I learned these two wonderful words in Portuguese today while pondering about the Portuguese word for pearl (pérola) and comparing it with Spanish and Italian perla. It puzzled me why we had that extra o and suabarácti, a word of Sanskrit origin, explains it. Suabarácti (or anaptixe) refers to adding a vowel between consonants. Another example that the dictionary gave was barata (cockroach), formerly brata, and this one from Latin blatta.
Bar até as vinte e quatro horas
Close to my house there is a bar called Bar até as vinte e quatro horas. I've always wondered if that means it is open until 12 a.m. or whether it becomes something else after that time. :)
Saturday, April 14, 2007
Long Final Syllables
Technology-related documents in Japan now tend to delete the macron symbol from words when it appears at the end of the words. E.g., ベンダ instead of ベンダー (vendor), ユーザ instead of ユーザー (user) and アーキテクチャ instead of アーキテクチャー (architecture). While this may only be a change in notation, I sense it partly reflects change in actual pronunciation.
The standard pronunciation of ベンダー is bendā and that of ユーザー, yūzā (where the bold parts indicate accent). Anglo-Japanese words were initially pronounced with stress as the original English words. These pronunciations are still valid in general parlance but becoming obsolete in sectors of the society where they are encountered everyday like bread and butter. Pronunciations that are "in" typically shorten the final vowel and remove stress; thus benda and yūza. Whether it reflects the actual pronunciation or is being reflected there, the notation without a final macron is on the increase. As the law of opposition dictates, bendā and yūzā are now seen as a sign of the uninitiated.
I wonder if shortening of the final long vowel and loss of the accent are related phenomena. Or more accurately, long vowels in Anglo-Japanese may represent relative weakness/lowness of articulation. This is supported by アーキテクチャ, which preserves the accent on テ despite the loss of the final macron and ユーザ, where the second syllable is pronounced with a higher pitch compared to the first long syllable.
The standard pronunciation of ベンダー is bendā and that of ユーザー, yūzā (where the bold parts indicate accent). Anglo-Japanese words were initially pronounced with stress as the original English words. These pronunciations are still valid in general parlance but becoming obsolete in sectors of the society where they are encountered everyday like bread and butter. Pronunciations that are "in" typically shorten the final vowel and remove stress; thus benda and yūza. Whether it reflects the actual pronunciation or is being reflected there, the notation without a final macron is on the increase. As the law of opposition dictates, bendā and yūzā are now seen as a sign of the uninitiated.
I wonder if shortening of the final long vowel and loss of the accent are related phenomena. Or more accurately, long vowels in Anglo-Japanese may represent relative weakness/lowness of articulation. This is supported by アーキテクチャ, which preserves the accent on テ despite the loss of the final macron and ユーザ, where the second syllable is pronounced with a higher pitch compared to the first long syllable.
Sunday, April 8, 2007
Móveis e cozinhas planejadas
Hoje vi uma propaganda que dizia Móveis e cozinhas planejadas. Fiquei sem saber se são só as cozinhas que são planejadas ou se os móveis também. Aí entra em jogo a concordância nominal, que diz que em casos como este quando o adjetivo é posposto a uma série de substantivos a concordância se faz com o todo (neste caso masculino plural) ou com o mais próximo. Mas o problema é que se a concordância for feita só com o elemento mais próximo, pode haver ambigüidade, o que me parece ser o caso desta frase. Acho que só ligando para a loja se poderão obter maiores informações.
Saturday, April 7, 2007
Quirodátilo e outros dátilos
Explicando a uma aluna médica a diferença entre finger e toe, que correspondem ao dedo da mão e do pé, respectivamente, aprendi com ela um termo médico belíssimo que gostaria de compartilhar com vocês: quirodátilo, dedo da mão. O dicionário também nos ofere a variante quirodáctilo, mais próxima ao étimo grego (quiro = mão, dactilos = dedo). Em grego moderno temos χέρι (khéri) = mão e δάκτυλος (tháktilos) = dedo. Curioso como sou, inquiri no dicionário se havia pododátilo, dedo do pé, e não é que existe (ao lado de pododáctilo)! Em grego moderno pé é πόδι (póthi) (o th de tháktilos e póthi devem ser lidos como o th sonoro do inglês como em this e those, por exemplo). Outra palavra como elemento δάκτυλος é pterodáctilo, aquele que tem dedos nas asas. Asa em grego moderno = φτερό (fteró).
Thursday, April 5, 2007
Grita
Hoje pela primeira vez na vida vi grita como substantivo: O governo britânico quer uma grita internacional contra o regime do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que está se especializando em provocar o Ocidente. Imaginei primeiro que se tratava de um erro tipográfico, mas não me pareceu provável, pois o modificante uma também se encontra no feminino, então imediatamente recorri ao dicionário, que dá como acepção 1 o mesmo que gritaria e acepção 2 Clamor de vozes; alarido, grito. Lembrei-me do italiano, que, para grido, dispõe de dois plurais: gridi e grida. Diz-se que gridi, masculino plural, se refere ao grito dos animais e grida, feminino plural, ao dos homens, mas não sei por quê, isso nunca me convenceu muito, apesar de os usar corretamente. O plural em -a do italiano vem dos substantivos neutros em -um, com plural em -a no nominativo, vocativo e acusativo, mas não me consta que existisse em latim quiritum, plural quirita. Talvez esse plural tenha surgido por analogia com outros plurais, como uova, paia, centinaia, miglia, ginocchia, etc.
Wednesday, April 4, 2007
Whose
Most languages make the relative pronoun whose agree with either the possessor or the thing possessed. To the first group belong German, Dutch, Swedish, Czech, Polish, among others; to the second, Portuguese, Spanish, Italian, etc.
Group 1:
German: Die Mütter, deren Kinder in dieser Schule lernen, sind unzufrieden.
Dutch: De moeders wier kinderen in deze school leren zijn ontevreden.
Swedish: De mödrar vilkas barn lär sig på denna skola är missnöjda.
Czech: Matky, jejichž děti se učí v této škole, jsou neuspokojeny.
Polish: Matki, których dzieci uczą się w tej szkole, są niezadowolone.
Russian: Матери, дети которых учaтся в этой школе, недовольные.
Group 2:
Portuguese: As mães cujos filhos estudam nesta escola estão insatisfeitas.
Spanish: Las madres cuyos hijos estudian en esta escuela están insatisfechas.
Italian: Le madri i cui figli studiano in questa scuola sono insoddisfatte.
By looking at that, one might think that Germanic and Slavic languages follow group 1 and Romance languages, group 2, but that is not always the case. Romanian, a Romance language, belongs to both groups 1 and 2, since two kinds of agreement must take place, with the possessor and the thing possessed:
Mamele ai căror copii se învaţă în această şcoală sunt nesatisfăcute, where ai agrees with copii (masculine plural) and căror agrees with mamele (feminine plural). By the way, the mother of all Romance languages, Latin, actually follows group 1, not 2!
Matres quarum filii in hac schola student contentae non sunt.
Group 1:
German: Die Mütter, deren Kinder in dieser Schule lernen, sind unzufrieden.
Dutch: De moeders wier kinderen in deze school leren zijn ontevreden.
Swedish: De mödrar vilkas barn lär sig på denna skola är missnöjda.
Czech: Matky, jejichž děti se učí v této škole, jsou neuspokojeny.
Polish: Matki, których dzieci uczą się w tej szkole, są niezadowolone.
Russian: Матери, дети которых учaтся в этой школе, недовольные.
Group 2:
Portuguese: As mães cujos filhos estudam nesta escola estão insatisfeitas.
Spanish: Las madres cuyos hijos estudian en esta escuela están insatisfechas.
Italian: Le madri i cui figli studiano in questa scuola sono insoddisfatte.
By looking at that, one might think that Germanic and Slavic languages follow group 1 and Romance languages, group 2, but that is not always the case. Romanian, a Romance language, belongs to both groups 1 and 2, since two kinds of agreement must take place, with the possessor and the thing possessed:
Mamele ai căror copii se învaţă în această şcoală sunt nesatisfăcute, where ai agrees with copii (masculine plural) and căror agrees with mamele (feminine plural). By the way, the mother of all Romance languages, Latin, actually follows group 1, not 2!
Matres quarum filii in hac schola student contentae non sunt.
Passa-se o ponto
Hoje passeando em uma das avenidas principais de minha cidade, vi o famoso Passa-se o ponto, que me remeteu à minha infância, em que pensava que esses eram lugares aonde se ia para bater o ponto. Sempre me perguntava como era possível que houvesse tantos lugares para bater o ponto e por que as pessoas não o faziam no próprio local de trabalho. Só anos depois que fui entender que essa frase se refere a um estabelecimento comercial que se intenciona passar para as mãos de outra pessoa.
Monday, April 2, 2007
Lactante e lactente
Lactante (nursing mother) and lactente (suckling, baby) are two interesting Portuguese words. Lactante comes from Latin lactans, lactantis, present participle of lacto, lactare, to breast-feed; lactente, from Latin lactens, lactentis, present participle of lacteo, lactere (to suckle). Both are ultimately derived from Latin lac, lactis, milk, which became leite in Portuguese, leche in Spanish, lapte in Romanian, latte in Italian, lait in French and llet in Catalan. The stem lact can be found, for instance, in English lactate, to secrete milk and its derivative lactation, in lactic, of or relating to milk, and lactose, sugar present in milk, among others. Something else that is worthy of mention is that Latin lac, lactis, a neuter word, became masculine in Portuguese, Italian and French, feminine in Spanish and Catalan and remained neuter in Romanian.
However, all of this is not why I started this topic. The pair lactare lactere is probably the only case among Latin verbs of a causative verb built by changing the theme vowel (in this case from a to e). This reminds me of what happens in Japanese with a few verbs, one having an active meaning and the other a passive one, as in 過ごす(sugosu, to spend) and 過ぎる (sugiru, to pass); 落とす(otosu, to drop) and 落ちる (ochiru, to fall); 乾かす(kawakasu, to dry - trans.) and 乾く(kawaku, to dry - intr.) , and in English to fall vs. to fell, to rise vs. to raise and to lie vs. to lay.
Our sister language Spanish doesn't make this useful distinction regarding lactante and lactente and only knows the the former, which means both nursing mother and suckling.
Our sister language Spanish doesn't make this useful distinction regarding lactante and lactente and only knows the the former, which means both nursing mother and suckling.
Preso pela irmã
Ontem lendo uma reportagem da Super Interessante sobre Mehmet Ali Agca, o homem que disparou contra o papa João Paulo II, deparei-me com a seguinte frase: Preso pela irmã. Imediatamente imaginei que se tratava de sua irmã, que teria chamado a polícia (o pelo aí daria a idéia de intermediário) ou lhe teria dado voz de prisão (improvável). Segue o texto: O atirador tentou correr, aproveitando que a maioria das pessoas ainda não tinha entendido o que ocorrera. Mas irmã Letícia tinha. A pequena freira franciscana agarrou-se a ele gritando: "Foi você, foi você quem atirou". O homem ainda segura a sua pistola. Em seguida, policiais chegaram para prendê-lo.
Vê-se que se trata de uma religiosa que o notou entre a multidão. A escolha do título foi no mínimo lamentável por ensejar uma ambigüidade que poderia muito bem ter sido evitada se se tivesse escrito Surpreendido/Descoberto/Apontado por uma freira ou algo parecido.
Vê-se que se trata de uma religiosa que o notou entre a multidão. A escolha do título foi no mínimo lamentável por ensejar uma ambigüidade que poderia muito bem ter sido evitada se se tivesse escrito Surpreendido/Descoberto/Apontado por uma freira ou algo parecido.
Sunday, April 1, 2007
Marfă
Cred că de prima oară am găsit un cuvânt românesc feminin al cărui plural are o desinenţă neutră uri. Dicţionarul Dex Online informează că cuvântul acesta vine din maghiar şi în aceea limbă înseamnă vită. Mă întreb dacă acest plural neregulat există datorită că termenul în forma sa originală are deja terminaţia uri, dar din păcat nu cunosc limba maghiară. Pot numai adăuga că dacă pluralul ar fi regulat, ar fi marfe sau mărfi, forme care evident nu există.
Bee Season
To all the logophiles out there, I highly recommend Bee Season. I was enthralled by that movie and also learned a few words: thanatophidia, oppidan, photophygous, toolach, abiogenist and catastasis. The irony, though, is that many of these words were mispronounced in the movie (fotoFygus instead of the correct foTAHfigus, abbiAhjunist instead of the correct aybiAHjunist). Didn't they think someone like me would actually take the trouble to check those words? No wonder many of the Spelling Bee participants were disqualified. How can you spell a word if it's being mispronounced on national television?
Ovos caipira
It beats me why it is that many people (most maybe based on the evidence of my ears) say ovos caipira (free range eggs in Portuguese) and not caipiras. Caipira is an adjective that is invariable in gender, since it ends in -a, unlike most adjectives that end in -o, and not in number and should agree with ovos: ovos caipiras. Egg producers also write ovos caipira on their boxes. Luckily ovos caipiras is not so uncommon on the web, 1030 hits on Google vs. 1060 hits for ovos caipira.
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