Word of the Day

Sunday, February 27, 2011

Los mapuche

Estoy leyendo el excelente libro de Isabel Allende Inés del Alma Mía, pero hay algo que me llamó la atención: Yo pienso seguir llamándolos mapuche (en vez de araucanos) - la palabra no tiene plural en castellano - hasta que me muera, porque así se dicen ellos mismos. No sé de dónde sacó Doña Isabel esa información, pero el plural de mapuche es un sencillo mapuches en castellano.

Thursday, February 24, 2011

Minulý přechodník

It's a pity that Czech minulý přechodník is hardly ever used nowadays. It's such an economical way of saying things. Instead of Poté, co ona slyšela zaklepání na dveře, šla otevřít (When she heard a knock on the door, she opened it.), you could succintly say Slyševši zaklepání na dvěre, šla otevřít (Having heard a knock on the door, she opened it). Modern speakers seem to have no feel for it anymore and when they use it, if ever, they may fall into the trap of not assigning the right gender to the minulý přechodník, as in this sentence, extracted from the magazine 21. století: A to nebude jednoché. Nejdřív je musí robot, přistanuvší na rudé planetě, získat.(That will not be easy. First, having landed on the red planet, the robot has to collect them - soil samples.) There are two problems here: first, it is not přistavnuší, it is přistávši or přistavši, and second, přistavši is feminine and doesn't agree with the subject of the sentence, robot, which is masculine. The word they were looking for is přistav or přistáv. More here(in Czech).

Tuesday, February 22, 2011

Saudade em espanhol

Já sabia que tinham incluído a portuguesíssima saudade no dicionário espanhol, mas até então nunca a tinha visto em nenhum texto, até me deparar com este: La razón es obvia, pues como dice el lector: no se puede añorar lo que no se ha tenido. El sustantivo derivado añoranzatiene como sinónimos: morriña, nostalgia, tristeza, pena, vacío, soledad, melancolía, recuerdo, meditación, saudade, rememoración, evocación. Mas mesme este texto é de caráter metalinguístico, o que não conta muito.

Mas tenho sérias dúvidas se um falante comum de espanhol sabe o que significa e ainda mais de onde provém. É claro que aqui excluo os que sabem português.

Sunday, February 20, 2011

Viking

Acabei de descobrir que viking se encontra aportuguesado na forma viquingue/víquingue, tanto neste dicionário brasileiro quanto neste português, mas com uma grande diferença: naquele é palavra paroxítona, que não corresponde à pronúncia corrente; neste é proparoxítona, acentuando a sílaba tônica da mesma forma que o vulgo. É possível também que a grafia paroxítona do dicionário brasileiro tenha sido um lapso em vez de uma escolha deliberada. Não disponho de elementos para afirmá-lo.

Viquingue com acento no segundo i segue a mesma acentuação que o espanhol vikingo e o italiano vichingo.

Talvez não se trate de lapso, porque acabei de me inteirar de que a Academia Brasileira de Letras (Nossa Língua - Busca no Vocabulário) também abona viquingue. Tanto viquingue quanto víquingue parecem-me bons aportuguesamentos quando se considera o lado gráfico, mas não me parecem bons por não respeitarem a prosódia normal (pelo menos com base na minha experiência), que é víquim, plural víquins. Mas é que daí se impõe outro problema: não acredito que haja em português palavras paroxítonas terminadas em im. Poder-se-ia, se houvesse vontade, pôr víquim a par de xópim, possível adaptação de shopping que corresponde à pronúncia em português, pelo menos brasileira, mas tenho as minhas dúvidas se a maioria dos escreventes e leitores concordaria com tal ousadia.

Adição: De fato não deve haver paroxítona em português terminada em im, já que não aparece nem nas regras de acentuação essa possibilidade: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=acordo&version=1990

Friday, February 18, 2011

Xeque

Apesar de existir oficialmente, nunca ouvi ninguém dizer xeque no Brasil para se referir ao líder árabe, sempre xeique, também correto, talvez por influência do inglês sheik, pronunciado xik ou xeik, usando notação portuguesa.

Xeque usa-se na expressão pôr algo em xeque. Neste caso não se diz xeique.

Wednesday, February 16, 2011

Idiotów i idiotki

Berlusconi traktuje Włochów jak idiotów i idiotki.

"Berlusconi trata os italianos como tolos e tolas." (O adjetivo idiota em português é uniforme.)

Esta linguagem que se pretende inclusiva tira-me do sério, e neste caso é ainda pior porque não há mérito nenhum em se encontrar no rol de idiotas. Se usou idiotów (masc.pl.) e idiotki (fem.pl.), por que não fez o mesmo com Włosi (italianos)? Berlusconi traktuje Włochów i Włoszki jak idiotów i idiotki ("Berlusconi trata os italianos e italianas como tolos e tolas") ou ainda melhor: Berlusconi traktuje Włochów jak idiotów i Włoszki jak idiotki ("Berlusconi trata os italianos como tolos e as italianas como tolas). Haja tolice.

Monday, February 14, 2011

Você terá outras notícias

Sempre dizem ao fim do Jornal Nacional Você terá outras notícias no Jornal da Globo ou algo que o valha. Essa expressão não me parece 100% vernácula, parece um decalque do inglês. Será que eu sou o único que a estranha? Para mim seria mais idiomático algo como O Jornal da Globo dará/fornecerá outras notícias ou Você verá/terá acesso a outras notícias no Jornal da Globo. Daqui a pouco os convidados dos programas de entrevistas começarão a dizer Obrigado por me ter (grande cacófato), como dizem os anglófonos Thanks for having me.

Saturday, February 12, 2011

Aforisma e cataclisma

Acabei de "aprender" aforisma, que deveria ser aforismo (ver aqui e aqui). Lembrei-me do caso da corruptela cataclisma, bastante comum no Brasil em vez do correto cataclismo. No Ciberdúvidas fala-se da possibilidade de italianismo para o impulso dessa palavra no Brasil, mas neste caso em particular duvido que se trate disso, apesar de os italianismos na fala brasileira serem mais do que patentes. Por que duvido? Porque cataclismo é uma palavra culta, não é algo que teria sido trazido por imigrantes semianalfabetos. Cataclisma e aforisma devem ter-se formado por contaminação com outras palavras masculinas de origem grega terminadas em ma: teorema, morfema, problema, estratagema, etc.

Thursday, February 10, 2011

Stratégia and prostitúcia in Slovak

I was surprised a few days ago when I found out that Slovak has stratégia and prostitúcia instead of štratégia and proštitúcia, which I would have expected, despite their predilection for št and šp (pronounced sht and shp) in words of Latin or Greek origin, which they probably got from German, as German also pronounces sht and shp, but only at the beginning of words. Other examples are študent, inšpirácia, inštitúcia, konštitúcia, where Czech has student, inspirace, konstituce, and instituce (no sht or shp sound).

Sunday, February 6, 2011

Legs, bones, and charnel houses

Dutch been means both bone and leg. They differ in the plural form, beenderen for the former and benen for the latter. German Bein usually means leg, but in archaic usage it can also mean bone. That usage of Bein is found in Beinhaus, which is not a house for legs, but a house for bones, a charnel house.

Wednesday, February 2, 2011

Crazy Czech consonants

Some Czech words have consonants that are not expected in other languages. It has mostly to do with voiced and voiceless consonants, and something tells me that German (dialect? Austrian dialect?) influence has had something to do with it since Czech consonants are unaspirated as Romance ones, thus if Czech has gotten such words directly from French, no drastic changes would have been necessary. Czech has bažant (pheasant), piškoty (biscotti) and the worst of all: pugét (bouquet). I suspect it was like this: a German heard French bouquet, just to give an example, with its unaspirated consonants as pugé and passed it on to Czech, which retains the t, pronounced in Czech, maybe due to etymology. Nonetheless, standard German has Bouquet, with a mute t. This reminds me of what I read in a German book set in Italy once: the author wrote bappo instead of babbo (daddy in Italian). I'm not sure if the perception of aspirated and unaspirated and voiced and voiceless consonants by German speakers explains it, but it's the only thing I've been able to come up with.

Or maybe the word has evolved entirely in Czech, like barva (color), from German Farbe. This word must have been taken so long ago that it has had time to change from farba, as it still is in Slovak, to barva through metathesis and voicing.