I was wondering today why Czech plný (full) is followed by the genitive case, whereas its synonym přeplněný (crowded) is followed by the instrumental. I think I reached a conclusion. Přeplněný is a past participle, and as such, can be used in the passive voice when the verb is transitive (a requirement in Czech and other languages, but not in English). What follows přeplněný is the agent of the passive voice, which would be the subject of the same clause were it turned into active. As agents of the passive voice are always in the instrumental case, přeplněný couldn't be an exception, unlike plný, which is a mere adjective and, as such, can be followed by any case except the nominative. Examples:
Ulice byla plná lidí.
The street is full of people. Lidí is in the genitive.
Ulice byla přeplněná lidmi.
The street was crowded with people. Lidmi is in the instrumental. This is passive voice.
Lidé přeplňovali ulici.
People crowded the stret. Lidé now is in the nominative, as it is the subject of the clause.
I don't think the last sentence sounds as good as its variant in the passive, but I do think it proves my point.
Word of the Day
beatitude | |
Definition: | Supreme blessedness or happiness. |
Synonyms: | blessedness, beatification |
Free content
provided by The Free Dictionary
Friday, July 31, 2009
Thursday, July 30, 2009
Tuesday, July 28, 2009
Walk
I thought the words špacír (Czech), spacer (Polish), spazieren (German), spaziare (Italian) and espairecer (Portuguese) might be related, but it turns out that all except espairecer are. The Czech and the Polish words come from German, which comes from Italian, which, in turn, comes from Latin spatiari (to spread out). Espairecer is said to be made up of es + pairar + ecer, and pairar comes from Provençal pairar, meaning to abide, to bear, to be patient.
Saturday, July 25, 2009
Friday, July 24, 2009
Mimochodem
Let me ramble some more about Czech mimo. There's the adverb mimochodem (by the way), which ends in em, a mark of the instrumental case in the singular for neuter and masculine nouns. I'm wondering if the expression wasn't originally mimo chod (out of pace), which was later compressed into mimochod, and then got an extra -em because many adverbs end in -em: like autem (by car), vlakem (by train), letadlem (by airplane). But what intrigues me also is that adverbs of manner are normally derived from adjectives and usually end in ě (e when the preceding consonant can't be used with ě) or less commonly o.
Sunday, July 19, 2009
Lavar-se as mãos
Quando vi esta frase (Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?), pensei "Interessante, nunca vi nada parecido em português. Esta construção com o reflexivo no lugar do possessivo é comum em outras línguas, como em espanhol, italiano, francês, até em alemão, mas em português é a primeira vez que vejo." Depois que caiu a ficha. Isto deve ser mais um exemplo da tendência (inútil, por sinal) que venho observando há algum tempo no Brasil: usar o pronome se com verbo no infinitivo. Se o infinitivo, por se chamar impessoal, já é impessoal, (se se quer indicar o sujeito, basta flexionar o infinitivo, uma riqueza da língua portuguesa) prescinde do pronome se , que é o índice de indeterminação do sujeito. É impessoalidade e indeterminação ao quadrado.
Saturday, July 18, 2009
Estimas melhoras
Achava que meu ouvido é que fosse ruim, mas sempre ouvi ao meu redor estimas melhoras, que aparece dezenas de milhares de vezes na Internet. Mas sempre hesitei em usar essa expressão e nunca soube por quê. Subconscientemente algo me dizia que alguma coisa não estava certa. Até que hoje cheguei à conclusão: para fazer sentido a expressão, seria necessário que houvesse o adjetivo estimo, que então concordaria em gênero e número com o substantivo melhoras. Não é esse o caso. Estimas melhoras deve ter surgido da contração de Estimo as melhoras, na qual o o final de estimo se junta ao artigo as. Aí estimar significa desejar. Estimo as melhoras tem dez vezes mais ocorrências do que a sua corruptela, o que não deixa de ser uma boa notícia.
Friday, July 17, 2009
Condescendente e condescending
Sempre interpretei condescendente como alguém que condescende, que contemporiza, que transige, mas ontem descobri que este dicionário (acepção 3) traz uma definição que o aproxima ao condescending do inglês. Entretanto, este outro dicionário de português é menos prolixo. Creio eu tratar-se de um novo sentido fruto de contaminação, já que nem em espanhol, nem em francês, nem em romeno, nem em catalão nem em italiano, condescendente tem o sentido de condescending.
Thursday, July 16, 2009
Letos
Outra esquisitice da mesma autora de o soja: Ijuí se orgulha de ser a capital brasileira das etnias e isso significa que ela é povoada por descendentes de alemães, italianos, letos, austríacos, poloneses, russos e várias outras nacionalidades que não estou lembrando agora. É impossível que um povo antigo da Gália se tenha fixado nessa região sulista nos últimos anos. Acho que ela quis dizer letões, naturais da Letônia.
Tuesday, July 14, 2009
O soja
É impressão minha ou esta jornalista de fato escreveu o soja, e duas vezes? A cidade vai bem quando chove e faz sol na medida certa para o soja ser lucrativo. Ou seja, depende do imponderável e do Banco do Brasil. Apesar de ter deixado Ijuí há mais de 20 anos, volta e meia me pego no meio do trânsito de São Paulo pensando: "mas e como será que anda o soja nesse ano, hein?
Monday, July 13, 2009
A escrita do tch em português
Sempre me causa certo desconforto escrever o "trígrafo" tch em português, uma vez que este não pertence tradicionalmente à nossa morfologia e o português não conta com "trígrafos", que acabei de inventar, somente com dígrafos, como nh, rr, ss, ch, lh. No dicionário Aulete descobri uns verbetes com tch inicial, incluindo a palavra que me causa cuja escrita me causa mais frequente desconforto, tcheco: tchã, tchau, tcheco, tcheco-eslovaco, tcheque e até tchutchuca, que apresenta esse trígrafo em dobro (nunca imaginei que uma palavra como essa um dia poderia estar dicionarizada). Note-se que os vocábulos elencados, com exceção de tchã e tchutchuca, são de origem estrangeira. O tchã parece-me ser de origem onomatopeica, já a tchutchuca, pela palatalização do ch, se confere um caráter de maior carinho ou sensualidade. Também é de notar que o mesmo dicionário dá como variantes tcheco e checo, o que poderia resolver o meu problema: simplesmente passaria a escrever checo. Mas isso não me satisfaz completamente, porque pronuncio tcheco, e escrever checo seria um pouco inconsequente. Talvez a melhor opção seja o que venho fazendo mesmo: escrever e pronunciar tcheco apesar de o tch não ser tradicional em língua portuguesa.
Sunday, July 12, 2009
Tesauro, tesouro, thesaurus
El Tesauro, que se publicará este otoño, según informó hoy a EFE una portavoz de la editorial, abarca casi todo el vocabulario de la lengua inglesa, desde el Old English (Inglés Antiguo) hasta la actualidad.
I had never seen tesauro in Spanish and thought it was Spanglish, but it is indeed in the dictionary, which calls it dated and refers you to tesoro (the usual word for treasure). One of the definitions of tesoro is indeed that of a thesaurus. Both English thesaurus and Spanish tesoro/tesauro come from Latin thesaurus. I was then curious to know if in Portuguese there was the word tesauro, but I didn't find anything, and among the definitions of tesouro (the usual Portuguese word for treasure), there's nothing related to thesauruses or thesauri (I don't like the latter plural in English). Anyway, in Brazil we normally say dicionário, enciclopédia or sometimes léxico, but a thesaurus is a different kind of dictionary, which I've never seen on the Brazilian market, for which I can't think of an adequate translation in Portuguese. I think the closest we have to a thesaurus are dicionários de sinônimos e antônimos.
I've just checked Portuguese Wikipedia, which has the entry tesauro (but that word is not yet in the dictionary, as I wrote above). It says it's also known as dicionário de ideias afins, which kind of convinces me, but I'm still doubtful whether a dicionário de ideias afins is as comprehensive as a dictionary.
I think what accounts for the emergence of tesauro in Portuguese and Spanish is the English word (and English-language, particularly American, editorial practices). If we were to let Latin evolve naturally into Portuguese and Spanish, we'd have tesoro (Spanish), tesouro (Portuguese) for the thesaurus sense, since Latin words with au turned that diphthong into o and ou in Spanish and Portuguese, respectively. A couple of examples are Latin aurum - Spanish oro, Portuguese ouro; Latin taurus - Spanish toro, Portuguese touro; Latin laurus - Spanish loro, Portuguese louro.
I had never seen tesauro in Spanish and thought it was Spanglish, but it is indeed in the dictionary, which calls it dated and refers you to tesoro (the usual word for treasure). One of the definitions of tesoro is indeed that of a thesaurus. Both English thesaurus and Spanish tesoro/tesauro come from Latin thesaurus. I was then curious to know if in Portuguese there was the word tesauro, but I didn't find anything, and among the definitions of tesouro (the usual Portuguese word for treasure), there's nothing related to thesauruses or thesauri (I don't like the latter plural in English). Anyway, in Brazil we normally say dicionário, enciclopédia or sometimes léxico, but a thesaurus is a different kind of dictionary, which I've never seen on the Brazilian market, for which I can't think of an adequate translation in Portuguese. I think the closest we have to a thesaurus are dicionários de sinônimos e antônimos.
I've just checked Portuguese Wikipedia, which has the entry tesauro (but that word is not yet in the dictionary, as I wrote above). It says it's also known as dicionário de ideias afins, which kind of convinces me, but I'm still doubtful whether a dicionário de ideias afins is as comprehensive as a dictionary.
I think what accounts for the emergence of tesauro in Portuguese and Spanish is the English word (and English-language, particularly American, editorial practices). If we were to let Latin evolve naturally into Portuguese and Spanish, we'd have tesoro (Spanish), tesouro (Portuguese) for the thesaurus sense, since Latin words with au turned that diphthong into o and ou in Spanish and Portuguese, respectively. A couple of examples are Latin aurum - Spanish oro, Portuguese ouro; Latin taurus - Spanish toro, Portuguese touro; Latin laurus - Spanish loro, Portuguese louro.
Friday, July 10, 2009
Subjunctive
I've seen the use of the indicative instead of the subjunctive in British writers, but this doesn't seem to be common among Americans, especially in edited prose. David W. Anthony, in his book The Horse, the Wheel and Language, writes: First, for Proto-Indo-European to have remained a unified dialect chain for more than thirty-five hundred years, from 6500 to 30000 BCE, would require that all its dialects changed (instead of change) at about the same rate and that the rate was (instead of be) extremely low. The funny thing is that he uses the indicative with require earlier in the book, but I can't locate that page. I'll be on the lookout for other examples.
Thursday, July 9, 2009
Nunchaku e tchaco
Acabei de descobrir que o instrumento que sempre conheci como tchaco (com esta pronúncia, mas não está dicionarizado) é mais corretamente chamado de nunchaku ou até mesmo matracas em português. Na Internet há quatro vezes mais páginas em português com nunchaku do que com tchaco, mas tchaco aparece numa música do grupo É o Tchan, o que significa que não sou só eu que ouço e digo tchaco (não que o diga todos os dias). O curioso também é que a palavra tchaco não consta como variante da página da Wikipédia que define o termo. Pergunto-me se tchaco é uma corruptela de nunchaku e como é conhecido em outras regiões do Brasil (fora São Paulo), se como nunchaku ou tchaco (mas o grupo É o Tchan é da Bahia, o que poderia indicar que a designação tchaco não tem restrições regionais). Há também a possibilidade de que os praticantes da arte usem o nome correto e os leigos como eu, a forma "corrompida".
Saturday, July 4, 2009
Menas
Já muitos de nós conhecemos (e acredito que isso a grande maioria dos que leem este blogue, que lida com a língua portuguesa, e com outras) a velha história de que não se deve usar menas, mas eu pergunto-me: por que não se deve (não que eu diga, só me pergunto)? Vários manuais de língua portuguesa dizem que menos, pseudo e alerta são invariáveis, mas por que, se são adjetivos e a própria gramática diz que os adjetivos concordam com os substantivos a que se referem em gênero e número? Ou alguém diria que são advérbios, que são invariáveis? Mas os advérbios por definição não podem modificar substantivo, então essa proposta também cairia por terra. Eu diria até que a maioria dos brasileiros usa alerta no plural (os soldados estavam alertas) e ninguém diz nada, e por que então se critica tanto quando alguém diz menas se estamos diante do mesmo erro? Só pode ser porque se tem martelado tanto nessa tecla que as pessoas vão aí dizendo que menas não existe (mas se muita gente diz, como não existe?).
Creio entender o que se passa na mente do falante que usa a palavra menas. Se o seu instinto linguístico lhe diz que o adjetivo concorda com o substantivo (pelo menos a concordância em gênero parece ser respeitada por todos, sem exceção), ele fá-los concordar, ainda mais pelo fato de menos ter a vogal o, que é a marca principal do masculino. Mas então por que quem diz menas comida usa um adjetivo aparentemente no plural (com a marca do s) e um substantivo no singular (sem s) e não sente nenhuma discordância? Acredito que aí entre em cena aquele velho fenômeno presente em vários falares brasileiros: o de pluralizar somente o primeiro elemento, o que tem até sua lógica, pois a pluralização de todas as palavras parece pouco econômica, visto que a primeira palavra já alerta o ouvinte de que se está falando no plural. É o que acontece com as mulher bonita, aqueles homem (ou mesmo home) feio, etc.
Creio entender o que se passa na mente do falante que usa a palavra menas. Se o seu instinto linguístico lhe diz que o adjetivo concorda com o substantivo (pelo menos a concordância em gênero parece ser respeitada por todos, sem exceção), ele fá-los concordar, ainda mais pelo fato de menos ter a vogal o, que é a marca principal do masculino. Mas então por que quem diz menas comida usa um adjetivo aparentemente no plural (com a marca do s) e um substantivo no singular (sem s) e não sente nenhuma discordância? Acredito que aí entre em cena aquele velho fenômeno presente em vários falares brasileiros: o de pluralizar somente o primeiro elemento, o que tem até sua lógica, pois a pluralização de todas as palavras parece pouco econômica, visto que a primeira palavra já alerta o ouvinte de que se está falando no plural. É o que acontece com as mulher bonita, aqueles homem (ou mesmo home) feio, etc.
Wednesday, July 1, 2009
Polish and Slovak mimo
I've already addressed Czech mimo here. As with most other products in the Czech Republic, there was a Slovak label I read today that caught my attention because it used mimo + the genitive case: ... mimo dosahu deti (... out of the reach of children). I guess it is standard in Slovak, but not in Czech, which requires the accusative case. Then it occurred to me that Polish also has mimo, but uses it with the meaning despite and after it the genitive case. Could it be that standard Czech's preference for the accusative case after mimo is an innovation and there are some holdovers where the genitive, as on that sign I wrote about, is still employed?
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