Word of the Day

Tuesday, September 30, 2008

Museable

Esa es la palabra que acabo de ver: Creo que el uso que se le da a esa palabra, al menos entre nosotros, es más específico y designa a las personas que se dedican a la conservación de bienes museables o a la organización y montaje de exposiciones en galerías y museos.
Las terminaciones able e ible son sufijos verbales, y por ser verbales, presuponen un verbo, pero el hecho es que no existe el verbo musear (no que yo sepa). Ahí me queda la duda si "museable" se refiere a cualquier cosa que puede ser puesta en un museo, ya que los sufijos able e ible definen exactamente a eso, o si es un mero relativo a un museo, que podría ser muy bien reemplazado por museal o museístico.

Thursday, September 25, 2008

Mais lheísmo

Um lheísmo estranho que acabei de ler: Deus o abençoe e lhe proteja! Até posso entender quem abusa do lheísmo, mas não entendo como o sujeito usou bem o pronome primeiro e depois o usou mal. Ou Deus lhe abençoe e (lhe) proteja (sic) ou Deus o abençoe e (o) proteja teria sido mais lógico. O que faz de abençoar um verbo que exige o e de proteger um verbo que exige lhe? Será que a pessoa que redigou a frase os considera sinônimos e usou um depois o outro só para variar, só para não ficar repetitivo? Seria interessante ter a resposta para esta pergunta.

Se a

Aqui não se trata de se a como conjunção condicional mais artigo definido/pronome pessoal, como em Se a vir, lhe darei o recado. Refiro-me a esta frase que acabei de ver no Ciberdúvidas (o mais estranho é que ninguém lhe pôs reparos): Ou, depois, deixará de fazer sentido essa figura de estilo no texto em que se a usa? Nada os chocou? Pois a mim sim. Em português é impossível (bom, talvez impossível não seja a palavra adequada, pois alguém já o fez) usar se como pronome apassivador ao lado de um pronome pessoal do caso oblíquo na função de objeto direto (me, te, o, a, nos, vos, os, as). O mais correto teria sido escrever no texto em que se usa, como, aliás, penso que a maioria das pessoas faria. Entretanto, línguas irmãs da nossa, como o castelhano (en el texto en el que se la usa) e o italiano (nel texto in cui la si usa) admitem tal construção. Se o sujeito fosse plural (figuras de estilo), essas línguas usariam o pronome no plural mas deixariam o verbo no singular: en el texto en el que se las usa; nel testo in cui le si usa, fenômeno semelhante ao que acontece em polonês, que referiremos em outra ocasião.

Wednesday, September 24, 2008

Ajoujado

Aproveito a ocasião para lhes apresentar a palavra ajoujado, nova para mim até cinco minutos atrás e com isso dar-lhes a hiperligação para o diário virtual de José Saramago, meu autor português preferido, com quem aprendi esta palavra.

Tuesday, September 23, 2008

Interfície

It's interesting how "minor" languages can sometimes build new words in a much more sensible way than "big" languages like Portuguese and Spanish. That is probably accounted for by the desire that minority languages have to keep themselves afloat. I just read in Catalan: Durant la seva trajectòria Softcatalà ha traduït projectes com el Netscape, el Firefox, l'entorn GNOME, l'OpenOffice.org, o les primeres versions de la interfície del Google, i ha participat en l'adaptació al català de diverses distribucions de GNU/Linux.

If Portuguese and Spanish speakers had been so ingenious as Catalan, we would have come up with interfície and interficie, respectively and not interface (Portuguese) and interfaz (Spanish), a mere mockery of English interface. Latin facies became ficies in front of prefixes (and inter, as well as super, is one of them). This phenomenon of switching between a's and i's is commonly found in Latin, as with words like deficiente, from Latin deficiens, where the prefix de is appended to the present participle faciens of the verb facere, which became Portuguese fazer and Spanish hacer.

Monday, September 22, 2008

por conta de

Acho que só o encaixotador sozinho não dá conta de tanta asneira. Devem ter chamado a faxineira e o manobrista também. Hoje no Aulete digital: A palavra “crise” tem sua origem a partir do termo latino ‘crisis’, que vem do grego ‘krisis’ e, na situação acima, designa uma fase difícil de um determinado processo, geralmente por conta de novos fatos que perturbam o desenvolvimento de determinada situação.

Não é por conta de novos fatos, novos fatos não fazem conta. É por causa deles.

Saturday, September 20, 2008

Mais erros de tradução em livros

Como já se apontou na tradução de Žert (A Brincadeira, em português) de Milan Kundera, no trecho em que se traduzia aktovka (pasta) como toalha, eis outro equívoco de tradução originado por uma tradução indireta do francês. No original em tcheco lê-se Přivítal jsem proto docela, že přišlo konečně září, s ním opět škola a ještě o pár dnů má práce na Svazu studentstva, kde jsem měl vlastní místnost a mnoho všelijaké práce. O nosso tradutor lusitano escreveu Foi assim com alegria que saudei o mês de Setembro quando o vi chegar e, com ele, a reentrada precedida de dois ou três dias pela retomada das minhas funções na União dos Estudantes, onde tinha uma secretária só para mim e toda uma série de obrigações variadas. O problema é que místnost não é secretária, que a um brasileiro faz pensar automaticamente numa mulher, mas para um leitor português também pode referir-se à escrivaninha, místnost é sala, cômodo, aqui no caso se poderia traduzir como escritório. O mais provável é que o tradutor português, em posse da tradução francesa com a palavra bureau, que pode ser tanto escrivaninha (secretária para os portugueses) ou escritório, por alguma razão optou pelo primeiro significado. De fato não é fácil ser tradutor, e eu como tradutor sei bem disso, o meu colega não tinha bola de cristal para adivinhar se se fazia referência ao móvel ou ao cômodo, mas talvez se tivesse sido tão vago quanto a tradução francesa escolhendo algo como seu local de trabalho, delegaria ao leitor imaginar o que mais lhe aprouvesse. Se somente uma língua que interveio já pode fazer tantos "estragos", imagine uma obra como a Bíblia, que para chegar ao português, passou pelo hebraico, pelo grego e pelo latim, quantos enganos não devem ter sido cometidos? Sei que no caso em apreço se trata de um detalhe, mas já é sintomático de problemas muito maiores que podem ter ocorrido em traduções pelo mundo todo.


Friday, September 19, 2008

Infinitivo em vez de futuro do subjuntivo

Eis o que acabo de ler na palavra do dia do Aulete digital (pelo jeito vou ter inspirações para o blogue diariamente se continuarem a encarregar o encaixotador de escrever): LEILÃO (lei.lão)

Não raro, a Receita Federal realiza leilões de mercadorias importadas irregularmente que são apreendidas durante ações de fiscalização.

A palavra “leilão” tem sua formação no idioma árabe vulgar, da palavra “ala’lam, que signifa “estandarte, aviso, tabuleta’. O termo designa uma venda pública de objetos, que são comprados, cada um deles, por quem oferecer o maior lance, ou seja, propor o maior preço.

Por quem propor o maior preço? Claro que não. Por quem propuser o maior preço. E vou deixar para lá o abuso da vírgula nesta última oração adjetiva restritiva.

Thursday, September 18, 2008

O mesmo

Já é a segunda vez que vejo escrita uma asneira destas na palavra do dia do dicionário Aulete digital. Já os adverti uma vez e não obtive nenhuma resposta (e já faz meses). A de hoje é (acho melhor publicar porque já vi que avisar não adianta): A partir do próximo ano, o Brasil passará a produzir o genérico de um dos medicamentos que compõem o coquetel utilizado no tratamento de pacientes com AIDS, após ter quebrado a patente do mesmo no último ano.

Será que eles pedem que o encaixotador escreva isso? Não é possível que algum lexicógrafo/lingüista/gramático saia com estas coisas.

Este assunto lembra-me uma frase que tive de traduzir umas semanas atrás: resultados de questionários estruturados aplicados aos internos sobre a avaliação do mesmo. Esse mesmo refere -se a quê? Perguntei-o à autora do trabalho, mas ela nem sequer se dignou responder-me, portanto a tradução ter saído meio torta mesmo, por erro/omissão dela.

Wednesday, September 17, 2008

Do tempo da amorosa

No Cuidado com a língua de 15 de setembro de 2008 foi dito que no Brasil há a expressão do tempo da amorosa, para dizer que algo é muito antigo. Eu nunca ouvi tal expressão e não consigo achar nada na Internet que a explique. Talvez se use em outras regiões, mas no programa dá-se a entender que é uma expressão de uso geral no Brasil.

Saturday, September 13, 2008

Paralympiáda

Nedávno jsem si uvědomil, že se česky říká Paralympiáda, jasná napodobenina anglického slova Paralympics. Ale fakt je, že řecká předpona je para, ne par, což znamená, že slovo by muselo být Paraolympiáda.

Wednesday, September 10, 2008

zerésima

Esta palavra me persegue todas as eleições, já que sou continuamente convocado para ser mesário. É o que ouvi hoje: uma vez mesário, sempre mesário. É inacreditável a imaginação da pessoa que inventou esta palavra, já que usou um sufixo próprio de numerais ordinais para se referir a algo que, por não existir, pelo menos em teoria, não poderia ser colocado numa ordem. A zerésima é a folha que emite a máquina antes do início da eleição que indica que não foi dado nenhum (= zero) voto.

Tuesday, September 9, 2008

Duhalde lo hijo

Parece mesmo que os jornais e revistas despediram seus redatores. Isto é o que se lê na Época desta semana:Na campanha de 1992 para a Prefeitura paulistana, Duda inventou o bordão "Maluf que fez" para carimbar o ex-prefeito como um tocador de obras. Ganhou a eleição e, de lá para cá, o repete sempre que pode. "Fui contratado para fazer a campanha de Eduardo Duhalde (à Presidência da da Argentina em 1999) e traduzi o "Maluf que fez" para 'Menem lo hijo'", afirma.

Não sei se é falta de redator ou se Duda Mendonça de fato disse Menem o filho e a Época deixou desse jeito para mostrar a ignorância dele no assunto . Tudo bem não saber a conjugação do verbo hacer no passado, mas grande parte dos brasileiros sabe que hijo em espanhol é filho, daí não entendo terem cometido um erro garrafal destes.

Sunday, September 7, 2008

Colabar

Aprendi colabar ontem lendo O Vendedor de Sonhos, que recomendo vivamente. Acabo de achar a palavra no dicionário, segundo o qual colabar é causar ou sofrer aluimento (fiquei na mesma), aluimento é o ato ou efeito de aluir (continuei na mesma) e aluir vem do latim alluere e significa, em resumo, desabar ou desmoronar. A forma como estão organizados os dicionários, de não usarem o um vocabulário acessível para a maioria dos leitores logo na primeira definição, pode desmotivar a muitos, mas a mim agrada-me profundamente, porque vou pulando de palavra em palavra e nesse exercício acabo aprendendo não só aquilo que andava à cata, mas tudo o que se me afigurou pelo caminho.

Curioso como sou, quis verificar se em espanhol e em italiano também se diz colabar e col(l)abare, respectivamente, mas infelizmente dei com os burros n'água. É de estranhar, já que colabar é de pura cepa latina, de collabare, que deveria ter deixado sua progênie nas nossas línguas irmãs.

Saturday, September 6, 2008

Pronúncia de sogros

Em mais um exemplo de récemment vu, hoje, três dias depois de ler a respeito da pronúncia de sogros, uma amiga pronunciou a palavra com o aberto mas imediatemente corrigiu a pronúncia para o fechado. Preferi não dizer nada, porque ainda me soa um pouquinho estranha a pronúncia correta sogros ("sógros"), mas que me fez pensar no meu récemment vu, fez.

É, a pronúncia de sogros não é consensual. Então fico com o meu sôgros mesmo, que a mim me soa melhor.