Word of the Day

Friday, June 27, 2008

Borracharia até as 19 horas

Há uma borracharia na minha cidade onde se lê Borracharia do Gordo e na linha inferior Até as 19 horas. Claro que sei que querem dizer que está aberta até as 19 horas, mas não posso deixar de pensar que é borracharia até as 19 horas e depois vira outra coisa, por exemplo, a boate da Veruska. :)

Wednesday, June 25, 2008

A partir de

Numa loja de conveniência da minha cidade vê-se o seguinte anúncio: Proibida a venda de bebidas alcoólicas a partir das 5h. Isso significa exatamente o quê? Que a venda de bebidas alcoólicas se torna ilegal a 5 e se estende até que horas? Que a venda de bebidas alcoólicas se tornou ilegal às 5h de algum dia não especificado e é ilegal por termpo indeterminado? O que exatamente esse anúncio, cuja função é comunicar, comunica?

Tuesday, June 24, 2008

Handicap, ¿bueno o malo?

Un artículo que habla de la necesidad de aprender español tiene tantos extranjerismos y uno de ellos usado de forma muy extraña: Además, Spanischool cuenta con el handicap de que todos los escenarios son típicamente españoles, «porque la mejor forma de aprender un idioma es trasladar al alumno al país en cuestión», explica Rafael Hernández, director de formación e innovación de esta empresa sevillana.

Handicap es una desventaja, pero en el artículo parece usarse exactamente como el contrario, o sea, una ventaja.

Feminismo en el lenguaje

Está empezando a fastidiarme eso de feminismo en el lenguaje. Ni las propias autoras de su texto son coherentes en lo que escriben: El lenguaje nos nombra, nos identifica y las mujeres no nos sentimos identificadas cuando se nos nombra en masculino. El lenguaje como reivindicación de género es la reivindicación misma de nuestra identidad como mujeres, sujetos de la historia, que estamos llamadas, junto con los hombres, a transformarla. Y también el lenguaje forma parte de esa transformación.

Si para ella le parece tan fácil poner cualquier palabra en femenino bastando con cambiar la terminación o en a, ¿por qué ella misma no da el ejemplo y usa sujetas?

Monday, June 23, 2008

Yôga

É cada vez mais comum ver o bom e velho ioga escrito yôga em português. De onde vêm esse y e esse circunflexo? Não se pode argumentar que pertencem ao sânscrito, língua daqual provém, já que o sânscrito não usa o nosso alfabeto. Também não se pode dizer que isso respeitaria a transliteração usual (quase sempre feita em inglês), já que o inglês, apesar de usar o y, não usa o acento. Será que são adeptos dessa prática hindu que estão impondo essa grafia para ensinar a mim e a todos os outros falantes de português que a palavra é pronunciada com o fechado, e não com o aberto, como se ouvia há alguns anos (e como ainda digo e não tenho intenção nenhuma de mudar o timbre do o nessa palavra, pois tem o aval dos dicionários)? De qualquer forma, vale lembrar que as palavras paroxítonas terminadas em vogal, com timbre aberto ou fechado, não têm acento (e em português nem se usa o y, pelo menos por enquanto). Também mantenho a minha posição de usar a palavra como feminina, como sempre fiz.

Saturday, June 21, 2008

The preposition agains in Slavic languages (and Romanian)

I was thinking the other day that Czech/Slovak proti (against) and Polish przeciwko are followed by the dative case, but Russian protiv is followed by the genitive. Macedonian, having no cases, won't be discussed here. Since those are the only Slavic languages I know, I decided to research how other Slavic languages behave in this aspect, and I've found that Slovenian/Serbian/Croatian protiv takes the genitive, like Russian, as well as Ukrainian navproti. It seems too great a coincidence that all those languages (except Ukrainian) have a preposition ending in the v sound, whereas Czech/Slovak and Polish prepositions end in something else. Another language, albeit not Slavic, came to mind, Romanian, probably the only Romance language that has retained some of the Latin cases. Romanian contra takes the genitive/dative case, which have combined into one in Romanian, not in accordance with Latin, which required the accusative case after the preposition contra. Could it be a Slavic influence? Languages mostly influence one another lexically, so such an influence would be unlikely, but one never knows.

Thursday, June 19, 2008

Crase

Hoje num anúncio pendurado no muro de uma das escolas particulares mais respeitadas da cidade: Férias de 30 de junho à 25 de julho. Qual é a grande dificuldade com a crase? Crase significa fusão, nada mais é do que a fusão de dois aa, um a preposição e um a artigo feminino. Se 25 de julho não é palavra feminina, logo só há preposição, e portanto não há crase. É simples!

Wednesday, June 18, 2008

New homes by volcanoes

This is what I read in A very short history of the world: In explaining such a persistent outward movement of peoples it is tempting to offer simple explanations. Perhaps they were reacting to overpopulation, perhaps they were occasionally driven to seek new homes by volcanoes, earthquakes, typhoons or other natural disasters.

What is funny about that excerpt is that the author placed by volcanoes, earthquakes, typhoons or other natural disasters too close to new homes that it might give you the idea that people wanted to be near those phenomena. That is a so-called misplaced modifier. A less ambiguous version would have the agent of the passive verb (by volcanoes...) right after the term it modifies (occasionally driven).

Monday, June 9, 2008

Verbos com ditongo

Hoje pela primeira vez na vida precisei conjugar o verbo homogeneizar no presente do indicativo e disse homogeneize, que não me soou ao todo correto porque não tinha certeza se tinha ditongo (homogeneize) ou hiato (homogeneíze), mas não fiz nenhum comentário porque não disponha de nada que o corroborasse ou denunciasse. Agora que estou sentadinho ao computador, verifico que o conjuguei corretamente, menos mal. Mas daí me lembrei de outros verbos que também apresentam ditongo, como enraizar e arraigar, mas o estranho é que enraizar tem hiato e arraigar tem ditongo. Será porque enraizar é derivado de raiz, com hiato, e homogeneizar vem de homogêneo, com ditongo, e arraigar vem do latim reconstruído arradicare, que não tinha nem ditongo nem hiato? É bem possível.

Monday, June 2, 2008

Vocative and no comma

I have been observing this for a long time now. Many (most?) languages seem to be forgetting about the comma before a vocative, maybe because a lot of people equate commas with pauses and normally there is no pause before a vocative. What prompted me to write this piece was this sentence, seen on a message board on the French language, whose members are very strict with language. No one, though, seems to have noticed this error so far.

Sunday, June 1, 2008

Strange coincidences in naming family members

Isn't it intriguing that French and Japanese, two totally unrelated languages, have words that can both mean father-in-law and stepfather: beau-père in French and 義父 (pronounced gifu) in Japanese? The same thing happens with belle-mère and 義母 (pronounced gibo). In those peoples' mentalities maybe the in-law or the step parent acts a substitute or additional parent and hence receives the same name. One of my Japanese dictionaries offers an interesting explanation for the meaning of 義, which reads (my translation): non-blood-related people are joined by shared children, siblings, etc.