Word of the Day

Sunday, July 27, 2008

Beach volejbal

Viděl jsem to slovo na internetové stránce českého rozhlasu. Proč nepíší bíčvolejbal? To by bylo mnohem více v souladu s pravopisem českého jazyka. Podle mne je blbost změnit část slova a nezměnit druhou. Můžete prohlásit, že volejbal se v češtině používá už dlouho a beach ne, ale to nevadí. Pokud čeština má slovo kvíz, které nemůže být velmi staré, mohla by mít bíčvolejbal a takové slovníky by nemusely uvádět výslovnost termínu. Komu to se nelíbí, ten může používat plážový volejbal.

Friday, July 25, 2008

Busdoor

If you're traveling to Brazil, you have another think coming if you think a busdoor here is the door of a bus. No! That would be too obvious. A busdoor in Brazil, as I found out today, is a portmanteau word for bus outdoor. What? You may be thinking. Bus outdoor? I'll explain. The English Brazilian word outdoor doesn't mean what you normally associate with outdoor. Here an outdoor (see? it's a noun) is a billboard, an advertisement hoarding. Not only is it an anglicism, it is a wrong one, if we consider it's not used like that in English (and I'd bet good money many Brazilians when speaking English would be tempted to say outdoor when they mean the big posters on the street). So, a busdoor is the advertisement they place on a bus rear window, to which drivers in the back would have their attention turned. Very inventive, you might be saying, to which I agree, but that's not the only case of Brazilians' inventiveness when using English. In Brazil shopping is not an activity, it's a place people go to (in other words, the mall).

Thursday, July 24, 2008

a maioria da população não possuem

Eis uma frase que acabo de ler num correio eletrônico que me foi mandado:
A maioria da população brasileira não possuem acomodações como esta, que tristeza !!!!

Sabe-se que construções partitivas com a maioria de, grande parte de, metade de, etc. seguidas de substantivo no plural podem ser seguidas com verbo no singular concordando com o sujeito (maioria, parte, metade) ou com verbo no plural concordando com a idéia expressa depois (dos homens, das pessoas, etc.), mas a regra não contempla o caso de tais expressões partitivas serem acompanhadas por um substantivo coletivo, como é o caso de população. Talvez estejamos diante de uma silepse de número (a população - singular - é equivalente às pessoas - plural) e por isso a pessoa que redigiu a frase se deixou levar pela idéia plural encerrada no termo população, mas isso, segundo a gramática tradicional, ainda é condenável.

Wednesday, July 23, 2008

Medalhar

Ontem também na televisão tive o prazer de aprender uma nova palavra, o verbo medalhar. Fulano de tal medalhou em Atenas, por exemplo. Pelo contexto concluí que significa ganhar uma medalha, mas não é o que acha o dicionário que consultei, o www.auletedigital.com.br. Segundo ele, as acepções mais próximas à da televisão são: 2 Condecorar com medalha, 3 Consagrar por meio de medalha. Com essa informação, a construção mais correta teria sido Fulano de tal foi medalhado em Atenas, que me soa horrível, mas pelo menos obedeceria ao significado registrado.

Isso talvez seja outra manifestação de vários verbos transitivos que deveriam aparecer na voz passiva que se vêm usando na ativa, como A menina ainda não vacinou, equivalente a A menina ainda não foi vacinada/Ainda não vacinaram a menina. Se esse fenômeno continuar, a voz passiva logo não existirá em português e a construção da voz ativa terá tanto significado ativo como passivo, dependendo do contexto.

Detalhezinho

Ontem ouvi na televisão alguém dizer que algo era um detalhezinho. Ora, detalhe, como define o dicionário, é um "pequeno elemento que constitui um tudo, minúcia, pormenor". Note-se que nas duas palavras minúcias e pormenor estão presentes o adjetivo no grau comparativo menor, naquela em sua forma latina com i, nestea já aclimatado ao português. Às vezes acho que as pessoas cometem erros por não pensarem, em outras palavras, os erros não indicam somente se alguém se atém a determinada "regra", se a ignora (tanto no sentido original de desconhecer quanto no anglicismo "não dar bola", já dicionarizado), mas se a pessoa pensa o suficiente bem para expressar o que lhe vem à mente por meio de palavras.

Se assistisse mais à televisão, talvez tivesse mais inspirações para escrever aqui.

Saturday, July 19, 2008

Misunderstandings due to languages

In an episode of The O.C. there is a whole confusion based on a linguistic aspect. Alex, Seth's girlfriend, tells him that it's complicated because her ex is back, but Seth has no clue that Alex's ex is actually a girl, which is cleared up later on the show. He chews her head off for lying to him, to which she replies she never did, she just didn't have time to tell him that, and he assumed her ex was a he. This confusion would never have happened in Portuguese, among several other languages, because the speaker would be "forced" to say meu ex or minha ex, which would have given away the ex's sex right away.

Friday, July 18, 2008

Regional differences in Brazil

I've just come back from a five-day trip to Rio and I've gathered, to nobody's amazement, a few linguistic gems that show the differences between our speech in São Paulo and the Wonderful City (I shall not talk about accents here).

In São Paulo when you go to a store, they sometimes offer you a sacola (bag), in Rio they offered me a bolsa (which to me is more like a handbag or a purse).
In São Paulo you desce do ônibus (get off the bus). In Rio you salta do ônibus (jump off the bus).
In São Paulo the guy who takes your fare on the bus is called cobrador. In Rio, it's trocador.
In São Paulo lifeguards are salva-vidas. In Rio they are guarda-vidas.
In São Paulo we hardly ever say biscoito, which they do in Rio. We say bolacha (crackers).
In São Paulo when we go out at night, we go to balada, in Rio they go to the night.
In São Paulo we eat mandioca (manioc or cassava). In Rio they eat aipim.