Word of the Day

Saturday, August 25, 2007

Psaní cizích slov v češtině

Nelíbí se mi, že v češtině existuje praxe zachovat původní pravopis cizích slov. Čeština je z 99% fonetický jazykp, ale tato slova jsou výjimkou z tohoto pravidla (říkám 99%, protože neznám žádný jazyk, který má tu vlastnost ze sta procent a protože české di a ti mají odlišné výslovnosti, když se objevují ve slovech cizího původu, jako diplomat). Proč nepíšeme ta slova, jak se vyslovují v češtině, jak jsme udělali např. se sendvičem (od sandwich) ? Nejhorší je, že je skloňujeme, což znamená, že jsou to napůl česká, napůl cizí. Co je nesprávného na slovech hendikep místo handicap a gej místo gay? Musíme pořád ukazovat lidem, že umíme anglicky? Pokud jim nechceme dát český kabát, mohli bychom alespoň varovat čtenáře, že příští slovo, které přečte, není české, a že bude muset přepnout mozek a pohnout jazykem určitým způsobem, aby to slovo správně vyslovil. Navrhuji, abychom používali uvozovky.

Membranhaut

Heute bin ich zum ersten Mal auf den Begriff Membranhaut gestoßen. Den finde ich höchst redundant. Schleimhaut kannte ich doch schon, aber Membranhaut war mir etwas Neues. Auf Latein bedeutet Membran schon Häutchen. Was tut Haut dort? Das ähnelt den korrupten englischen Wörtern PIN number (personal identification number number) und ATM machine (automatic telling machine machine). Meiner Ansicht nach trägt Haut nichts Neues zum Wort bei. Man könnte es einfach loswerden. Diese sprachlichen Überflüssigkeiten sind nur auf die Unwissenheit der Sprecher/Schreiber über die wirkliche Bedeutung bzw. Herkunft eines Wortes zurückzuführen. Eine bessere Erklärung finde ich nicht.

Adjetivando substantivos

Muito se tem dito a respeito do acolhimento, muitas vezes irrestrito e no meu entender nefasto, de termos estrangeiros, em sua esmagadora origem ingleses por motivos que são tão óbvios que nem vale a pena enumerar. A invasão anglo-saxônica é evidente no léxico, mas também deixa suas pegadas na sintaxe, acreditem se quiser. Agora em português, pelo menos no meu cantinho do mundo, parece terem-se generalizado construções do tipo alunos Fisk, funcionários Embraer, em vez dos escorreitos alunos da/do Fisk (já ouvi masculino e feminino num diálogo com a mesma pessoa) e funcionários da Embraer. O que está acontecendo aqui? Estão adjetivando um substantivo, praticamente uma cópia do inglês, que permite esse tipo de coisas, com a ressalva de que a língua de Shakespeare exige colocar-se o atributo antes do substantivo cujo significado se deseja delimitar. O português, pelo menos até pouquíssimo tempo atrás, não permitia esse tipo de estripulias, mas agora essas coisas ouvem-se a torto e a direito.

Poder-se-ia dizer que casos como navio-escola são semelhantes, com o que concordo, mas aí temos um auxílio visual, o hífen, que une os dois substantivos, além de ser uma expressão fixa e consagrada pelo tempo, cujo segundo elemento, pelo menos do meu conhecimento, não se vai apondo a qualquer elemento sem nenhum critério.

Friday, August 24, 2007

Enfileirar-se e outros ditongos

Algo hoje me chamou a atenção lingüisticamente falando ao assistir à comédia Humor de Quinta. Um dos humoristas pronunciou a palavra enfileirem de uma forma que nunca tinha ouvido: enfilerem, com e aberto. O erro de ortoepia/ortoépia deu-se por se considerar que o infinitivo, por ter acento na última sílaba, é enfilerar, já que o mais comum nas línguas neolatinas é que o ditongo apareça em sílaba tônica. Daí para enfilerem foi um pulo, fenômeno que também pode ser observado corriqueiramente com o verbo roubar, que por ter um ditongo átono, vira robar e logo sua formas rizotônicas, aquelas acentuadas na raíz, viram robo, robas, roba, robam, robe, robes e robem, pronúncia essa que não faz parte do português padrão, pelo menos não até agora. O mais interessante é que no mesmo dia em que ouvi enfilerem também ouvi quemar (em vez de queimar), mas aí talvez se trate não de uma pronunciação pessoal, e sim de um regionalismo, talvez freqüente no Estado de Minas Gerais, donde a pessoa é oriunda. Já tinha ouvido trenar, termo dicionarizado, comum no Rio de Janeiro, pelo menos julgando o que tenho ouvido na televisão. Chama-me a atenção que os mesmos fluminenses eliminem o ditongo de treinar, mas o acrescentem a doze, que é pronunciado por eles como se fosse escrito douze. Mais uma vez a posição do ditongo, se átono ou tônico, explica por que surgem essas pronúncias que não correspondem à língua padrão.

Wednesday, August 22, 2007

Nova ortografia da língua portuguesa

Parece que agora não há mais volta. A reforma ortográfica da língua portuguesa entrará em vigor em janeiro do ano que vem. Há modificações interessantes na reforma, como a simplificação do uso do hífen e a eliminação do acento circunflexo em português brasileiro dos grupos ôo e êe (vôo vira voo e dêem vira deem, como já é o caso em Portugal), mas não me agrada abandonar o trema, que nos ajuda a pronunciar corretamente os grupos gue, gui, que e qui, e também eliminar o acento de paroxítonas em éia e éio (idéia passa a ideia, grafia já oficial Portugal). Creio que teremos dificuldades em pronunciar corretamente as palavras novas que se nos depararem e teremos de recorrer ao dicionário, o que já fazemos/devemos fazer no caso do x. Poder-se-ia argumentar que não se marca com acento grave ou agudo o timbre aberto ou fechado do e e do o como se fazia até a década de 70 com o chamado acento diferencial (o almôço e eu almoço), coisa da qual não sentimos falta, mas é que nós da velha guarda sempre olhamos com maus olhos qualquer tipo de modificação. Ainda serão necessários anos e talvez gerações até que a nova ortografia, que por sinal atingirá apenas 2% das palavras do português na variante brasileira, seja plenamente implantada, o que implicará o treinamento de professores e a reimpressão de livros, ônus que agravarão ainda mais a economia de um país como o nosso, que tem preocupações muito mais prementes do que eliminar este ou aquele acento. Como se manterá a distinção entre Portugal e Brasil em algumas palavras (económico e econômico, respectivamente, por exemplo), qual é a vantagem de termos uma reforma que não chegará a todo o léxico compartilhado pelo mundo lusófono? O argumento de que o português tem duas ortografias e isso dificulta a sua penetração como língua de cultura no mundo nunca me convenceu, haja vista o inglês, língua franca que possui dois sistemas de escrita, o britânico e o americano, o que nunca lhe impediu chegar ao posto que ocupa no mundo.

Orthographe

Je n'ai jamais compris pourqu'on en français on dit orthographe et pas orthographie. Les mots composés du grec γραφία (graphia) se terminent toujours par graphie en français, sauf orthographe. Je voudrais bien y trouver une explication.